Ele afirma +ou- o seguinte: o tablet/e-reader deve se tornar algo bastante "definitivo" na história da tecnologia, porquê consolida os grandes avanços tecnológicos dos últimos 30 anos, combinando poder computacional, conectividade e mobilidade. Menciona também que a comunicação escrita (texto) consome pouquíssimos recursos, que resultam menor consumo de energia e de infraestrutura - deixando portanto um "footprint" muito menor.
Não tenho dúvidas das vantagens da comunicação escrita, muito menos do avanço que é ter uma tela portátil, sensível ao toque e conectada à web. Mas será que o tablet/e-reader vai de alguma maneira contribuir para um footprint menor?
Não parece ser este o caso, sobretudo pq a "cloud computing", mantra repetido devido à sua façanha de gerenciar a capacidade e à disponibilidade, aumenta absurdamente a demanda por energia em seus vários data-centers instalados (http://ow.ly/1tcpR) e muitos deles são abastecidos por usinas termo-elétricas.
Não creio que seja um erro afirmar que os tablets/e-readers vão aumentar a demanda por cloud-computing, pois são dispositivos com baixo poder de processamento local - o que faz com que dependam grandemente de servidores remotos para viabilizar serviços mais complexos. Os consumidores potenciais dos tablets são a massa que hoje consome celulares - em algum momento o uso destes dispositivos vai ultrapassar expressivamente os limites do e-book, em direção à serviços envolvendo audio e vídeo, e mesmo virtualização.
Infelizmente, muitos argumentos "verdes" não resistem à uma investigação mais detalhada. A humanidade precisa muito viabilizar a fusão nuclear à frio. Porquê, até agora, a energia atômica parece ser a única com chances de substituir as fontes sujas, aquelas baseadas em queima e emissão de carbono, para suprir nossa insaciável demanda por eletricidade.
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